ARMAS MEDIEVAIS
ALGUMAS ARMAS CUJO MANUSEAMENTO SE BASEIA NAS TÉCNICAS E TRAJECTÓRIAS DEFENSIVAS E
OFENSIVAS DO JOGO DO PAU PORTUGUÊS.
1-MONTANTE | 2-LANÇA OU PIQUE | 3-GRANDE MARTELO DE ARMAS, BICO DE CORVO | 4-ALABARDA |5-FOICE ROÇADEIRA OU ALABARDA CAMPESINA | 6-PAU FERRADO
===================================================================
Armas Medievais
ARMAS MEDIEVAIS E JOGO DO PAU PORTUGUÊS
O PROPÓSITO DESTE VÍDEO: http://www.jogodopauportimao.com/armas-medievais.html É DEMONSTRAR QUE A TÉCNICA BÁSICA DO JOGO DO PAU PORTUGUES, ESTÁ SUBJACENTE EM TODAS AS ARMAS ANTIGAS DE HASTE, embora, como é evidente, a sua aplicação tivesse que ser adaptada em função do tipo de armas, bem como do oponente e equipamento por ele utilizado sporte bet.
Cumpre aqui aclarar, uma interessante controvérsia, que surgiu neste blog, acerca de assuntos referentes ao J.P.P. e contribuir para quebrar alguns mitos que se instalaram nesta área.
A TÉCNICA DO J.P.P. TEM MUITO POUCO A VER, COM ESPADAS DE QUALQUER TIPO: (MONTANTES; ESPADAS LONGAS PARA DUAS MÃOS, OU ESPADAS PARA MÃO E MEIA).
Embora sejam geralmente designadas de “Montantes”, todas as espadas longas para duas mãos, (como a que aparece no vídeo) O VERDADEIRO MONTANTE, ERA UMA ESPADA MAIOR E MAIS PESADA e foi essencialmente uma arma de apoio à cavalaria, usada por peões de brega, (briga) tinha por principal função, quebrar, ou baixar as formações de picos ou lanças, para a cavalaria poder entrar. Deveriam ser manuseados por homens fortes e rápidos, usando movimentos amplos, bem apoiados, em varrimentas cruzadas de cima para baixo, de modo a quebrar os picos ou a baixa-los em direcção ao solo aposta esportiva online.
Sabe-se que soldados mercenários alemães, durante sec. XVI, serviam em vários exércitos na Europa e que carregavam os “Zweihander”, eram designados por “Doppelsolders”, porque recebiam pagamento a dobrar devido ao seu trabalho ser muito arriscado.
As Espadas grandes para duas mãos, ou para mão e meia, que por essa altura eram usadas em duelos, funcionavam principalmente de ponta, como se pode constatar pelas gravuras que ilustram os tratados medievais, e pelas reconstituições históricas, feitas pelas escolas Europeias que estudam e descodificam os velhos tratados de armas antigas, como os nossos amigos Galegos da A.G.E.A., http://www.ageaesgrima.com ESSAS TÉCNICAS, DEVIDO AO PESO E COMPRIMENTO DA ARMA, TERIAM DE SER “ECONÓMICAS”, ASSENTAVAM ESSENCIALMENTE NUM JOGO DE PONTAS ALTAS, COM MOVIMENTOS POUCO AMPLOS, QUASE LINEARES, DE JOGO BREVE E PRECISO, EM QUE SE PROCURAVA O CONTACTO QUASE PERMANENTE DAS LÂMINAS COLADAS, QUE OS ALEMÃES DESIGNAM POR “BINDEN” (JOGO DA LÂMINA LIGADA) E OS GALEGOS POR “MORDER DE FOLHAS”, é um jogo fundamentalmente com folhas conectadas, de modo a que após ligeiro desvio da arma adversária, a ponta da nossa arma fique o mais perto possível do alvo.
Portanto isto tem muito pouco a ver com a riqueza e amplitude de movimentos do nosso Jogo do Pau bet apostas esportivas. CLARO QUE USAVAM TAMBEM MOVIMENTOS DE GRANDE AMPLITUDE, (“TALHO” OU CORTE) COMO NO J.P.P. MAS ESSA NÃO ERA A TÉCNICA BÁSICA DAS ESPADAS ANTIGAS NUM DUELO DE MORTE.
O JOGO DO PAU PORTUGUÊS E AS ARMAS METÁLICAS, TIVERAM EVOLUÇÕES DISTINTAS.
Outro mito repetido, é a alusão ao livro do Rei D.Duarte; “Livro da Ensinança de Bem Cavalgar toda Sela”, No Capítulo XIII, intitulado : Da maneira de ferir de Spada, o Rei escreve: (“-a mym parece que razoadamente a cavalo se pode ferir de quatro maneiras: Primeira, de TALHO TRAVESSO. Segunda, de REVEZ. Terceira, FENDENTE DE CIMA PERA FUNDO. Quarta, DE PONTA… Mais adiante o Rei refere mais um golpe: ENVYEES, PERA FUNDO.” esta é a única alusão que o Rei faz aos nomes dos golpes.
Embora seja fácil perceber quais as tragetórias dos ataques; os nomes empregues pelo Rei, NADA TEM A VER COM A TERMINOLOGIA QUE NOS FOI PASSADA PELOS MESTRES ANTIGOS, A QUAL NÃO DEVERÁ SER ALTERADA E MUITO MENOS TRADUZIDA, PORQUE OS NOMES ANTIGOS, ENCERRAM UMA “CARGA ANCESTRAL”, UM “ESPÍRITO PRÓPRIO”.
SE OS MESTRES DAS ARTES ORIENTAIS E OUTRAS, CORRETAMENTE, NÃO ABDICAM DA SUA TERMINOLOGIA PRÓPRIA QUANDO ENSINAM A ESTRANGEIROS, PORQUE HAVERIAMOS NÓS DE ABDICAR?!
DAQUI A UM PAR DE GERAÇÕES, ADOTAM AS NOSSAS TÉCNICAS E JÁ NÃO SE LEMBRARÃO MAIS DAS SUAS ORIGENS.
Não há necessidade de inventar ascendentes ilustres para valorizar ou dignificar a nossa Arte; Quem faz estudos comparados de jogos de pau, não tem qualquer dúvida que o J.P.P. que nos chegou até hoje, é o mais rico tecnicamente e eficaz de todos, apesar das diferenças de estilo existentes no País, têm todos uma base comum:
(PAU DE COMPRIMENTO E PESO OPTIMIZADO PARA LUTA RÁPIDA E DE ALCANCE, GUARDAS DE LADO, PEGA NUMA SÓ PONTA, ATAQUES EM ROTAÇÃO A UMA E DUAS MÃOS, FORMULAS CONTRA VÁRIOS OPONENTES).
O Jogo do Pau é do Povo, sempre foi do Povo e d`alguma burguesia, criado, aperfeiçoado e adaptado por diferentes Mestres ao longo de gerações, criando diferentes estilos mas sempre dentro duma base comum, trazido do Norte e aperfeiçoado no Sul, nas suas diferentes vertentes, por várias linhas de Mestres até aos nossos dias.
QUANDO SE DOMINA A TÉCNICA DO J.P.P. NAS SUAS DIFERENTES COMPONENTES DE GEOMETRIA DINÂMICA, TIMING E BIOMECÂNICA, DOMINA-SE INSTINTIVAMENTE QUALQUER ARMA ANTIGA DE HASTE, LONGA OU CURTA, OCIDENTAL OU ORIENTAL.
O TRANSFER É AUTOMÁTICO, INTUITIVO.
A ADAPTAÇÃO À ARMA EM FUNÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DESTA; COMPRIMENTO, PESO E CAPACIDADE CONTUNDENTE, (TENDO SEMPRE EM CONTA O TIPO DE OPONENTE E SEU EQUIPAMENTO) TORNA-SE NATURAL E LÓGICO.